terça-feira, 8 de dezembro de 2015

"Eu não sou tão forte quanto eu previa, nem tão fraca quanto eu temia.
Não tenho o passo tão rápido como eu gostaria, nem paraliso como poderia.
Aprendi a me equilibrar nos extremos.
Se eu não tenho o direito de escolher todos os acontecimentos, me posiciono de acordo com os fatos.
No final, o que me move não é forte o suficiente para me derrubar, mas é intenso o bastante para me fazer ir além."

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

"A autoconfiança não deve ser confundida com o orgulho. O orgulho consiste em ter de si mesmo uma opinião elevada sem uma boa razão para isso. A confiança em si é o reconhecimento do fato de que se tem a capacidade de realizar alguma coisa corretamente e de se estar determinado a não abandoná-la."

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Não devemos julgar o que acontece dentro dos outros...não sabemos em que labirinto a pessoa pode estar, ou que luz ela conseguiu enxergar...

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

era tudo verdade
o tempo cura
a dor passa
os sonhos morrem
outros renascem
e a chave de tudo
esta dentro da gente (...)

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Intimidade

"Intimidade é ler os olhos, os lábios e as mãos de quem está com você. Mais do que repartir um endereço, é repartir um projeto de vida. Não basta estar disponível, não basta apoiar decisões, não basta acompanhar ao cinema: intimidade é não precisar ser acionado, pois já se está mentalmente a postos."

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

A pequena morte

Não nos provoca o riso o amor quando chega ao mais profundo de sua viagem, ao mais alto do seu voo: no mais profundo, no mais alto, nos arranca gemidos e suspiros, vozes de dor, embora seja dor jubilosa, e pensando bem não há nada de estranho nisso, porque nascer é uma alegria que dói. Pequena morte, chama na França a culminação do abraço, que ao quebrar-nos faz por juntarmo-nos, e perdendo-nos faz por nos encontrar e acabando conosco nos principia. Pequena morte, dizem; mas grande, muito grande haverá de ser, se ao nos matar nos nasce.

Eduardo Galeano, O livro dos abraços.

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

"O tempo tem uma forma maravilhosa de nos mostrar o que realmente importa."

quarta-feira, 14 de outubro de 2015


"Seja como o sândalo que perfuma o machado que o fere."

terça-feira, 6 de outubro de 2015

"Tem gente que sente a chuva, outros apenas se molham."

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Já.

Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram...  Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das ideias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:

- E daí? EU ADORO VOAR!

Clarice Lispector

terça-feira, 1 de setembro de 2015

o mundo gira

o mundo dá voltas
o mundo gira
é uma ciranda
meu mundo tem música
é um carrossel
meu mundo deu voltas
em torno de mim mesma
fui mudando de espaço geográfico
mas foi a minha geografia interna que mudou
mudou, mas retornou
retornei a pedaços de mim 
que achava perdidos
reencontrei um punhado de sementes
vou plantá-las
cuidá-las
e quem sabe colher flores
cores, sabores e amores...

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

calmaria

ainda dá tempo de passear no parque, comer algodão doce, maçã do amor, churros e pipoca doce
existe ainda roda gigante, carrossel, carrinho de corrida e montanha russa
ainda tem flores na primavera, mar quentinho no verão, folhas secas no outono e abraços quentes no inverno
coisas simples ainda valem a pena, abraços fortes, beijos doces, sorrisos largos, boa música, dias de chuva, sussurros ao pé do ouvido e raios de sol a entrar pela cortina
simples presentes que não se compram, coisas que só a experiência de viver pode proporcionar, e só alguém com uma sensibilidade quase inocente é capaz de identificar como sendo a maior riqueza da vida
a tempestade foi embora, goze da calmaria merecida
agora mais do que nunca o simples é o mais importante, então simplesmente importe-se, exporte-se, comporte-se, por si mesmo, consigo mesmo e para si mesmo...

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Resgat(ar)

Pensamos que mudamos muito, até nos depararmos com as mesmas velhas situações, e nos vermos completamente fracos outra vez, e então o que significa aquela tal experiência, aprender com os erros e blá, blá, blá ?!
Analisando bem tudo se trata de conhecermos nós mesmos e descobrir os nossos limites, isso não quer dizer que não vamos errar mais, nos enganar mais, ou mesmo nos magoar mais, não é nada disso, quer dizer que cada vez que nos sentirmos mal outra vez sempre nos recuperamos melhor, e sim ficamos mais fortes, pode não parecer mas ficamos.
O importante é conhecer a nós mesmos intimamente, ao invés de querer decodificar o outro, deixa o outro, deixa os outros, vamos nos apoiar em nós mesmos, assim cada vez que o outro não servir mais para estar conosco, basta nos vestirmos de nós mesmos, e resgatar aquilo tudo que realmente somos. O melhor deste resgaste é que cada outro que sai de nós a gente muda um pouco, e é bom nos vermos em um novo prisma. 
Isso tudo não significa felicidade plena de maneira nenhuma, muito pelo contrário, no meio desses erros e acertos, encontros e desencontros o que fica é a certeza de que felicidade plena não existe. O que existe mesmo é a felicidade de ser quem se é, de sugar da vida o seu máximo, de curtir cada momento com total entrega. E isso, meus amigos, isso sei fazer muito bem, sofro como uma condenada a morte, enquanto não secar cada dor não deixo de me doer, mas quando é para ser feliz, aí sim minha entrega é total, aí sim a plenitude existe!
E nesse novo olhar sobre o mundo, sobre as coisas, sobre as pessoas e sobre nós mesmos que fique a certeza de quem entrar seja bem vindo, mas não tem contrato vitalício, só fica quem realmente deseja e merece. Afinal o que ouço e acho bem verdade é que sentimento bonito é o correspondido.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

!


Basta pensar em sentir
Para sentir em pensar.
Meu coração faz sorrir
Meu coração a chorar.

Depois de parar de andar,
Depois de ficar e ir,
Hei de ser quem vai chegar
Para ser quem quer partir.

Viver é não conseguir.

Fernando Pessoa, 14-06-1932

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

...

"(...) Eu acho que esse é o ridículo da vida, nunca saber a dimensão do espaço que a gente ocupa na vida dos outros, porque ninguém conta pra gente. Com medo de a gente fugir. E, ás vezes, a gente só quer, tanto, ficar. Tudo isso porque, em alguma esquina do caminho, a gente aprende, com a dor, que falar o que sente pode não ser a opção mais inteligente. E, a partir de então, a gente acaba meio burro. Empacado, batendo pé e cabeça. Complicando e dificultando o que já não é simples por natureza. Querendo dominar o que sente, o que o outro pensa, o que o destino planejou. Não é de hoje que o homem tem essa mania besta de entender e controlar o mundo. A gente acaba esquecendo que, na vida, o bom mesmo é se entregar. A gente sempre fica de marcar qualquer coisa e nunca marca, então vamos fazer melhor! Vamos fazer uma história e marcar duas vidas. Tô pronta. Passa aqui pra me buscar?"

sexta-feira, 31 de julho de 2015

daqui em diante

eu mudei, me transformei, readaptei
 e dessas mudanças, diferenças, acontecimentos
de tantas maneiras que poderia me tornar
fui me parecer justamente comigo mesma
e pensar que percorri um caminho tão longo e penoso
 a custa de lágrimas para perceber
que eu não precisava ser outra,
apenas ser mais de mim mesma
agora posso retomar
de onde não me lembro ao certo
que tal do meio do caminho
Sem pressa, sem expectativas, apenas leve
daqui em diante
sedenta de sensações
das velhas e das novas
SA

quarta-feira, 29 de julho de 2015

multi(a)plicar

no fundo todos somos sozinhos, na maior parte do tempo
desatinados ao meio da multidão, enraizados em solidão
não olhamos para ninguém, não olhamos por ninguém
 juntos algumas vezes nos sentimos desacompanhados
simplesmente porque sintonizar com todo o resto requer ceder parte de nós mesmos
e por mais que tentamos chega sempre aquele momento de ficar quieto e observar
quieto e calar, mas isso nada tem a ver com amor ou desamor
intimamente solitários, somos seres contraditórios também 
vivemos arduamente para multiplicar-nos em todos os sentidos
em ter mais, sonhar mais, viver mais
quando na verdade se nos empenharmos em dividir
estaremos certamente a multiplicar
SA

sexta-feira, 24 de julho de 2015

o tempo, a maturidade, o desenvolvimento do amor próprio me deram ferramentas muito poderosas para sobreviver...mas me tirou também alguns sentimentos lúdicos dos quais sinto falta, e não consigo acreditar que seja possível reencontrar...

quinta-feira, 23 de julho de 2015

A Vida não me Desapontou


Não, a vida não me desapontou! Pelo contrário, todos os anos a acho melhor, mais desejável, mais misteriosa... desde o dia em que vejo a mim a grande libertadora, a ideia de que a vida podia ser experiência para aqueles que procuram saber, e não dever, fatalidade, duplicidade!... Quanto ao próprio conhecimento, seja ele para outros aquilo que quiser, um leito de repouso, ou o caminho para um leito de repouso, ou distração ou vagabundagem, para mim é um mundo de perigos, é um universo de vitórias onde os sentimentos heroicos têm a sua sala de baile. «A vida é um meio de conhecimento»; quando se tem este princípio no coração, pode viver-se não somente corajoso mas feliz, pode-se rir alegremente! E quem, de resto, se ouvirá, portanto, a bem rir e a bem viver se não for primeiramente capaz de vencer e de guerrear? 

Friedrich Nietzsche, in "A Gaia Ciência"

terça-feira, 21 de julho de 2015

o melhor presente

todos os dias devíamos lembrar um pouco do que fomos
analisar aquilo que somos e idealizar muito do que queremos ser
perceberemos então talvez que o melhor do que foi é o que somos
e o pior do virá é o que não seremos
nestes momento de lembranças, análises e idealizações
que conseguiremos perceber que só podemos ser importantes para o outro
quando somos importantes para nós mesmos
e nossa importância está muito mais no que fazemos e sentimos
do que naquilo que recebemos e temos
nos percebemos ajustados ao meio
quando nos perdoamos
quando conseguimos olhar para o pior de nós
porque só olhando o pior de nós bem de frente
somo capazes de nos redefinirmos seres melhores
encare o pior de si, sem vergonha 
e só assim poderá compreender que o melhor esta por vir
não é para parecer nenhum tipo de promessa
mas seria bom evitar o abandono de nós mesmos
e praticar o silêncio como formar de reconhecimento interior
é o pincel de dentro que colore o que nossos olhos observam cá fora
lá num cantinho bem escondido tem muita tinta colorida
olhe bem para seu lado negro e despeje essas cores para fora
e não há por que esperar, o melhor presente ofertado é HOJE
SA

sexta-feira, 17 de julho de 2015

um filho

não há vento
depois de tantas tempestades
finalmente posso respirar
não há vento lá fora
nem cá dentro
ouço o silêncio
nesse silêncio ainda não me reconheço
apenas calo
e observo
ele tão pequenino
tão dependente de mim
tão meu
real e sonho
sento no barco
olho para ele
olho para o remo
ainda não tenho forças para remar
vou me dar este tempo
sem pressa
vou apenas olhar para ele no seu sono
na sua graça, na sua alegria
que também é minha
depois de tantos percalços
me calço de toda segurança que ele trouxe a mim
que eu tinha e nem sabia minha
seu nascimento é meu renascimento
grata pela sua vida em minha vida
te amo filho!

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Do zero ao infinito...

A vida às vezes vira a gente de ponta cabeça e chacoalha até derrubarmos tudo aquilo que carregamos. Nos tira a roupa, nos elimina a coragem e o que chamávamos de possibilidade. É como se algo tão denso nos fosse colocado no colo que é obrigatório soltar tudo o que se tinha para suportar o peso. A vida nos embaralha, um sopro tão forte nos transformando em meros desconhecidos, desconexos. E quando a gente volta a postura normal, restam olhos e semblante perdidos. Lábios secos e carregados de medo. Parece até que a vida teve fim e o que poderia ser, não nos pertence mais. Mas é só quando a gente coloca o pé no chão que entende: possibilidade mesmo não são aquelas coisas que imaginamos que nos pertencem, não é ter embaixo dos braços um punhado de quase certezas que contam com o acaso e com a sorte. Possibilidade é começar do zero – com as mãos vazias. É mais do que acreditar – é fazer acontecer.
Camila Heloise

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Clarabela (II)

eis que reencontro Clarabela, perdida no deserto imenso de si mesma,
difícil tarefa de apresentar com clareza e beleza a menina a ela mesma
já não mais menina, por vezes segura por vezes desesperada na sua condição de mulher
humana demais, realista demais, enxergando seus sonhos mas se entregando à prioridades
os balões ainda lhe cativam, mas agora os pés puxam-lhe para o chão
e nada de barcos, pois as âncoras podem se soltar
e nada de voar, pois cair pode muito lhe custar
Clarabela conheceu um mundo, dois mundos, outros mundos e tantas pessoas
o Egito ainda não foi desbravado por ela, talvez nunca seja,
pois a menina que mora dentro da mulher precisa de um sonho guardado
a menina tornou-se mulher, e após mares navegados, muitos voos alçados
ela volta exatamente para as ruas das quais fugiu, não as achou mais belas,
mas entendeu finalmente que não importa para onde vá, nem as cores que enxergue,
tudo que viveu é seu e ninguém pode mudar isso,
e que o mais belo nem sempre é o mais importante
não tem mais quem lhe instrua, como a primeira professora
não tem mais quem lhe ensine com doçura e sensibilidade, como o avô,
não tem mais quem lhe corrija as falhas, como a mãe,
mas tem quem pode lhe mostrar um mundo novo, 
ensinar de forma lúdica, sensibilizar com inocência e corrigir de forma sutil
é chegado o momento de calmaria, de reconhecimento, de auto-afirmação,
um faraó surgiu, completamente diferente do imaginado
mas um faraó, melhor e mais completo do que o desejado,
e domina a vida de Clabela, descende dela o verdadeiro amor
uma marca, uma evidência, um elo, um filho
que traduz o amor na sua forma mais genuína, e perpetua Clarabela em toda sua essência...
SA

segunda-feira, 2 de março de 2015

Deixe a dor doer


nascemos a perder,
perdermos logo no primeiro suspiro o calor e proteção da barriga de nossa mãe,
perder dói, mesmo que algumas perdas se tornem ensinamentos, negar a dor é parvoíce,
e muito embora crescemos a ouvir que precisamos aprender a perder
há situações e coisas na vida que nunca estamos prontos a perder,
eu perdi muito nos últimos tempos, perdi até o que não tinha...
me tomaram uma história linda, me roubaram sonhos, me enganaram,
levaram coisas tão singelas de dentro de mim,
perdi a confiança na pessoa em quem mais honestidade me parecia ter,
eu vi a pessoa levando com sua maldade e crueldade as coisas mais valiosas que lhe ofereci,
e eu deixei, deixei um pouco sem perceber, deixei sem entender o que me fazia,
deixei simplesmente por não ter forças, e ainda que tivesse, por não saber o que fazer
nada fiz, apenas fiquei inerte, vendo meu mundo ruir, sim minha casa foi ao chão,
nem qualquer acessório do mais simples pude carregar comigo,
alguns podem achar que fugi, que eu retrocedi, mas não,
eu aceitei minha fraqueza e minha condição de sofredora,
e deixei tudo ir embora, deixei a dor doer,
eu fui forte o suficiente para ser intensamente dominada pela dor de ser fraca
foi muito ruim, foi dilacerante, foi como nascer de novo,
e como na primeira vez que nascemos temos que aprender a respirar, a comer, a falar, a andar...
desta vez não é diferente, como quando nascemos é instinto o que nos faz ficar e sobreviver,
por instinto eu estou outra vez a reaprender, o ar é outra vez respirável, estou devagar reencontrando sabores, sentindo novas vibrações ao longe,
caminhar eu confesso está sendo a parte mais difícil, muita coisa implica o sair do lugar,
ainda a dor está latente, os novos pares de sapatos estão se aconchegando nos pés...
ainda não sei onde isso tudo vai dar, onde eu vou chegar, o que vai sobrar de tudo que fui, e o que poderei ter aprendido com a perda...
mas tal e qual como quando saímos da barriga da mãe existe uma vida pela frente, muito o que conhecer, sentimentos incríveis por experimentar, e a dor será como um relógio que marca o momento de acordar ou adormecer, e no intervalo disso tanto pode acontecer...deixe a dor doer!
SA
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