domingo, 1 de novembro de 2009

Singularidades

Não sofremos tanto por esperar muito de uma pessoa e ela não corresponder a nossa expectativa. Sofremos muito mais porque não poderemos voltar a esperar algo dessa pessoa do que pelo fato dela não nos ter satisfeito.
Sofremos por nós, por termos errado em relação a algo.
Penso que as pessoas são todas diferentes e únicas, mas temos todos sentimentos claros e objetivos, não são os sentimentos que atrapalham as coisas e sim a quantidade, intensidade, e forma de usá-los.
Não concordo que todos tenham valores e conceitos guardados, há por aí montes de pessoas sem nada para oferecer, que nem sabem o que significa isso.
E dizem que a verdade é relativa, e não é, não existe meio-termo entre verdades e mentiras, ou é ou não.
Em certas questões não acredito em dúvidas, todos nós sabemos bem o que é certo ou errado, se não decidimos é por medo ou covardia, por desejo próprio e nada mais.
Como seres irracionais e imperfeitos podemos até inventar os nossos porquês, porém no fundo de nós está a verdadeira resposta. Claro que as ações dos outros nos impele a tomar atitudes, ainda assim existe a boa e a má atitude em todos os casos.
Todas as minhas ações na vida, seja por que razão julgo ter sido, são únicas e exclusivas opções minhas, mesmo que outros tenham interferido de alguma maneira eu tive que permitir, não foi o universo, nem força superior que fez as coisas como são.
Li que se alguém te trair uma vez pode a culpa se atribuir a ele, mas se alguém te trair duas vezes a culpa é tua, e é mesmo. Nenhum de nós damos tudo o que podemos dar, damos o que achamos suficiente, mas tem sempre mais dentro de nós, até para nós mesmos. Se todos oferecessem o que tem para dar, os bons seriam melhores, mas os maus seriam piores.
O que venho a concluir que poderia ser ao contrário: se os maus dessem menos maldades poderiam ser melhores e se os bons dessem menos bondade viriam a ser menos bons? ! Cada qual tem suas expectativas e desejos na vida, o que muda é que uns usam o que tem de bom em si para alcançá-las e outros desviam-se ou derrubam quem está à frente ou ao lado até conseguir.
Não me parece errado as pessoas sonharem em terem coisas materiais, e também não é errado as pessoas dizerem não a quem lhes pedem ajuda, todos temos direitos a ter coisas e não dividi-las, porque na verdade todos deveriam ter oportunidades sem que precisassem de ninguém a não ser os seus próprios esforços.
O erro é tentarem ter as coisas ludibriando e mentindo aos outros.
Os piores não são aquele que declaram-se nossos inimigos, são piores aqueles fantasiam-se de nossos amigos.
Bom seria nos assumirmos logo como somos, o que não gostamos, o que não queremos, e é claro que não é fácil sermos assim transparentes.
Somos seres indescritíveis, por bons que sejamos existe uma parte obscura que nos permite errar, erramos demais.
Viver pode ser perigoso. E o pior perigo de todos pode estar em nós mesmos. Dos outros fugimos, os outros ignoramos, com os outros brigamos, e com nós mesmos o que fazer, quando e como?
Por isso insisto que ninguém por mais entendimento ou evolução que tenha consegue passar a vida em paz consigo mesmo. Com o passar dos anos venho percebendo que com a idade e conhecimento podemos nos tornar ainda mais infelizes e sofredores, é só olhar em volta que perceberá que quanto menos inteligente e curiosa uma pessoa é, menos ela fica se questionando sobre as coisas.
E venho percebendo também que a tristeza é tão importante quanto a alegria para formação do caráter.
Para quem não conhece os números pouco lhes importam as matemáticas
Para quem nunca leu bastam as vogais, mas para quem domina o alfabeto as palavras não são suficientes, precisamos de versos, estrofes, sonetos, e infinidades de perguntas e respostas, isso é perguntas sem respostas.
E na vida é assim, quanto mais descobrirmos mais queremos saber, em contrapartida percebe-se que talvez seja melhor não sabermos, é uma confusão de ideias e sentimentos que não tem volta.
Parece mesmo verdade que as pessoas são perfeitas e interessantes quando não as conhecemos. Mas é claro que o que torna essa vida ainda suportável é o fato de uma pequena quantidade de pessoas ao nosso redor ainda continuam perfeitas e interessantes, mesmo quando descobrimos seus erros e defeitos. E se construir sonhos grandes em cima de pessoas pequenas parecer um erro, não há com o que nos preocuparmos, pois o melhor é que os sonhos podem mudar de lugar, de objetivos, de tamanho, a qualquer hora basta usarem aquilo que realmente é nosso: o poder de decisão.
Afinal as decisões só dependem de nós, pois não existe destino existem atitudes.
Sara Almeida

1 comentário:

  1. E são as atitudes que vão traçando os destinos. Gostei muito. Sarita no Bipolaridades tenho um presente para ti, passa lá para retirá-lo. aquele beijinho especial de todososdias.

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